A divulgação da mensagem sobre a reciclagem está sendo realizada nos níveis mais altos da Coreia do Norte, particularmente no que diz respeito à sucata ferrosa, de acordo com um relatório recente da Radio Free Asia (RFA).
A organização, com sede em Washington e financiada pelo Congresso dos EUA, diz que a falta de matérias-primas é um dos vários problemas que afetam a estatal norte-coreana Kim Chaek Iron and Steel.
De acordo com a RFA, que cita fontes na província de North Hamgyong, onde o complexo da usina está localizado, os residentes de lá têm uma cota existente de oito a 15 quilos (17,5 a 33 libras) de sucata para coletar a cada mês. Essa cota agora foi aumentada e, em 2 de janeiro, “os funcionários de todas as fábricas e empresas tiveram que se apresentar para trabalhar com trenós e carroças cheias de toda a sucata que coletaram”.
Além da escassez de sucata ferrosa, a Kim Chaek também está tendo problemas para garantir eletricidade e carvão metalúrgico suficientes para manter sua produtividade, de acordo com o relatório.
Em relação ao carvão, a RFA cita outra fonte dizendo que as empresas na China que anteriormente forneciam coque para usinas siderúrgicas norte-coreanas “estão cada vez mais relutantes em fazê-lo, já que as usinas não conseguiram pagar suas dívidas”.
Vários anos atrás, de acordo com a RFA, representantes de Kim Chaek que visitaram a China foram detidos naquele país porque a empresa devia dinheiro a um fornecedor.
Enquanto isso, de acordo com um morador que pediu anonimato, a fábrica de Kim Chaek funciona apenas de forma intermitente. “A fumaça sai da chaminé da siderúrgica apenas alguns dias por ano”, segundo a fonte.
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