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BMW aposta em design e reciclagem para diminuir custos de baterias

Empresa está evitando investir em mineração, diferenciando-se de alguns concorrentes


A BMW está apostando em design e reciclagem eficientes para reduzir os custos das baterias e está evitando investir em mineração, disse o chefe de finanças da empresa nesta sexta-feira (31), diferenciando-se de alguns concorrentes que estão investindo fundo na cadeia de suprimentos.


“Não achamos certo investir em minas. Consideramos mais importante recuperar matérias-primas de carros e outros produtos”, disse o diretor financeiro Nicolas Peter em entrevista.


Peter, que deve se aposentar em maio, também disse que a montadora está passando por um forte primeiro trimestre e disse que não vê razão para duvidar da capacidade da empresa de atingir sua previsão definida no início do mês de margem de 8% a 10% em 2023.


A BMW tem seu próprio centro de pesquisa de células de bateria na Alemanha, mas deixou o desenvolvimento em larga escala para parceiros, fazendo pedidos multibilionários à CATL e EVE Energy para produzir células de bateria na China e na Europa.


Peter disse que, embora a montadora acredite na reciclagem em vez da mineração como forma de colher minerais críticos e tenha uma instalação de reciclagem de células de bateria por meio de sua joint venture na China, não vê a necessidade de desenvolver grandes instalações próprias.

Em vez disso, vai provar a demanda por matérias-primas recicladas por meio do crescimento das vendas de seus carros elétricos e trabalhar com parceiros para reciclar em larga escala, disse ele.

“Com o desenvolvimento de nossos negócios, estamos criando a motivação para investir — mas não precisamos desenvolver grandes instalações de reciclagem para células de bateria”, falou.

Investir em tecnologias que requerem menos minerais brutos críticos, incluindo carros movidos a hidrogênio, é outra maneira que a BMW planeja reduzir custos.

A empresa é a única grande montadora alemã trabalhando em um veículo de passageiros movido a hidrogênio, que o presidente-executivo Oliver Zipse disse que poderá imaginar entrando em produção comercial na segunda metade da década, se outras indústrias avançarem para ajudar a fornecer uma rede de carregamento de hidrogênio.


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